PROJETOS

Efeito da Administração Tópica do Creme Enriquecido com Extrato Alcóolico de Bauhinia forficata (Pata de Vaca) no Tecido de Cicatrização em Pele de Animais Diabéticos

Alunas: Caroline Bastos de Souza e Helena Junqueira Sant’Anna.
Profa. Orientadora: Mara Cristina Pane.
Profa. Co-orientadora: Sandra M. R. Tonidandel.
Ano: 2009.

Premiações

 

Descrição

A cicatrização tecidual deficiente constitui um grande problema com o qual os diabéticos se deparam. Entre 14% a 24% das amputações não traumáticas que acometem os pacientes diabéticos estão relacionadas às lesões crônicas de difícil cicatrização. O diabetes é, atualmente, uma das doenças mais freqüentes que afetam a humanidade com conseqüências importantes à população. A Organização Mundial de Saúde tem estimulado a investigação de plantas medicinais para serem usadas em seu tratamento, uma vez que essa doença alcançará 300 milhões de pessoas em 2030.
Inúmeras plantas tiveram seu efeito hipoglicêmico confirmado experimentalmente, entretanto, muitas não foram validadas como medicinais, por meio de protocolos científicos. A Bauhinia forficata é a espécie de Bauhinia mais utilizada no Brasil como remédio natural antidiabético, sendo conhecida popularmente como “pata de vaca”.
Pesquisas anteriores verificaram que o processo cicatricial de lesões de ratos diabéticos foi acelerado quando tratados com creme enriquecido com insulina animal, sugerindo que a insulina participe dos eventos celulares e moleculares na reconstituição do tecido (patente 500/dados não publicados). Entretanto, nenhum estudo procurou ainda investigar o efeito ao tratamento tópico com extrato de plantas com efeito antiglicêmico.
Assim o objetivo geral do presente estudo é investigar as possibilidades de aceleração do processo de cicatrização de ratos diabéticos submetidos ao tratamento tópico com creme enriquecido com extrato alcoólico de Bauhinia forficata (pata de vaca), planta que comprovadamente possui uma ação hipoglicemiante. Para isso, utilizaremos uma metodologia que consiste na maceração com auxílio de nitrogênio líquido (já realizada), seguida da extração alcoólica com álcool de cereais 70%. Esse líquido será destilado até chegarmos ao extrato que será misturado a uma pomada base. Faremos então testes de estabilidade da pomada, para então testá-los em ratos. Vencemos o primeiro desafio que é a possibilidade de utilizar animais mamíferos (ratos) para realizar os testes através de uma parceria com professores da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.

Fotos