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Em setembro, todos os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental tiveram uma aula de geografia diferente usando a caixa de areia conectada a sensores e leitores, como o Kinect, para estudos sobre topografia e relevo. Essa ferramenta tecnológica, que chegou ao Dante em 2018, proporciona uma aula totalmente interativa, em que alunos e professores podem interferir diretamente na paisagem e montar diferentes cartas topográficas. O recurso auxilia na compreensão dos diferentes conceitos de relevo e cartografia, como escala e curva de nível. “Não é uma simples caixa de areia, o diferencial é o equipamento, o projetor que fica acima dela. Ele forma imagens na areia que vão mudando de acordo com a manipulação dos alunos. Eles podem até fazer chover”, comenta a professora de geografia Fátima Maria Gnecco, que ministrou algumas das aulas.
Fátima explica que os estudantes estão trabalhando, em sala de aula, os conceitos de curva de nível, altitude, relevo, nível do mar etc., incluindo alguns exercícios, mas que é muito diferente experimentar esses conceitos na prática, com ajuda da caixa: “Essa ferramenta traz muitas possibilidades, dá para trabalhar vários conteúdos diferentes com ela. E depois dessa atividade os alunos conseguem enxergar melhor as formas e entender como funcionam as cores e as curvas, por exemplo”.
Na carta topográfica vista em sala de aula e na caixa, as cores mais escuras representam altitudes maiores. Já as curvas são representadas em linhas, e quanto mais próximas estão umas das outras, mais inclinado é o terreno. O topo da montanha, branco, representa a neve. E os tons de azul representam água, que pode ser de mares, rios ou lagos, também respeitando a ordem de cor – quanto mais escuro for o azul, mais fundo é. “Conseguimos trabalhar hidrografia também. É muito interessante usar a caixa como mais um recurso da aula, principalmente para a faixa etária deles, porque o uso da ferramenta chama a atenção e diverte, mas também ajuda a fixar o novo aprendizado, já que eles conseguem entender melhor cada conceito, e a experiência marca mais do que uma aula tradicional em sala, com livro e lousa. Interagindo, eles criam uma definição conjunta e aliam a teoria à prática”, conclui a professora.