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Alunos do 7º ano do Ensino Fundamental começaram a utilizar, em 2015, um novo livro didático para as aulas de ciências. O detalhe é que esse livro, nomeado “Investigação e conhecimento”, foi desenvolvido por três educadores bem conhecidos no Dante: a coordenadora-geral pedagógica, professora Sandra Tonidandel, o professor Peterson Lopes, que leciona no Ensino Fundamental II, e a professora Luciana Bastos Ferreira, que atuou no Dante entre 2009 e 2014 e agora ensina no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP).
O livro dá grande atenção à investigação em ciências, favorecendo as aulas práticas e a busca autônoma por respostas. Concebido em aproximadamente três anos, o trabalho é uma aplicação da metodologia de investigação estudada pela professora Sandra Tonidandel em seu doutorado (cujo título lhe foi conferido no início de 2014). A tese por ela defendida, e nomeada “Superando obstáculos no ensino e na aprendizagem da evolução biológica: o desenvolvimento da argumentação dos alunos no uso de dados como evidências da seleção natural numa sequência didática baseada em investigação”, está disponível para download na biblioteca digital da USP (clique aqui para acessar a página).
A metodologia de investigação científica, explicou a professora Sandra, tem sido aplicada em outros países e rendido bons resultados. “Nós nos aprofundamos na investigação como metodologia para uma aprendizagem mais eficiente de ciências, pois vimos que há no Brasil uma lacuna com esse trabalho no Ensino Fundamental II. Trabalha-se muito com teoria, sem uma proposta mais ativa para os alunos”, explicou. “Com a nova proposta, as aulas começam no laboratório, e só depois todos retornam à sala para trabalhar com os dados coletados.”
Ainda em 2015, os três professores, todos doutorados pela USP, concluirão mais três livros, um para cada série remanescente do Ensino Fundamental II. O livro do 7º ano, lançado pela Editora Sarandi, já foi adotado em outras escolas. “Desse modo, estimularemos o protagonismo do aluno na aprendizagem em ciências, com uma posição menos passiva e mais ativa na busca e na construção do conhecimento. Com isso, a concepção de ensino-aprendizagem muda”, afirmou a professora Sandra.
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