Dr. Messina integra Academia Paulista de Educação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 20:07
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O presidente do Colégio Dante Alighieri, dr. José de Oliveira Messina, assumiu, na noite de 7 de abril, uma cadeira na Academia Paulista de Educação (Apedu). A cerimônia de oficialização da entrada do presidente na associação ocorreu no auditório Miro Noschese, na presença de integrantes de academias, membros das diretorias executiva e pedagógica do Dante, professores, funcionários e familiares.

Compuseram a mesa de honra o professor Paulo Nathanael Pereira de Souza, presidente da Apedu, João Gualberto de Carvalho Menezes, membro da Apedu, e a escritora Anna Maria Martins, integrante da Academia Paulista de Letras. À mesa estavam também presentes a professora Silvana Leporace, diretora-geral pedagógica, a professora Elenice Ziziotti, coordenadora do Serviço de Orientação Educacional, a professora Munira Salomão, orientadora educacional, e a professora Maria Cleire Cordeiro, coordenadora do Departamento de Língua Portuguesa.

Os acadêmicos Francisco Aparecido Cordão e Sônia Terezinha Penin acompanharam dr. Messina ao palco para receber, das mãos da acadêmica Marcia Ligia Guidin, o diploma e o colar acadêmico, além de assinar o termo de posse.

O professor Paulo Nathanael fez um discurso para saudar a amizade com o presidente do Dante, cujo início data da década de 1960, e parabenizá-lo pela conquista. O dr. Messina, por sua vez, discorreu sobre o contato histórico que sua família tem com a área da educação. Agradecido pelo ingresso na Academia, ele também enalteceu o companheirismo do presidente da Apedu, com quem passou a ter contato à época em que Paulo Nathanael lecionava no Dante. Eles se conheceram durante uma das visitas de dr. Messina ao Colégio, na qualidade somente de ex-aluno do Dante.

Discurso de Paulo Nathanael

Parte do discurso do presidente da Apedu consistiu em suas lembranças como docente do Colégio Dante Alighieri, local por ele considerado de extremo significado para a sua formação profissional e pessoal. Do seu pronunciamento, destacam-se, oportunamente, as seguintes passagens:

“Permitam-me aqui fazer um breve registro, neste pronunciamento, para dar notícia a todos que ainda não saibam, que minha amizade com o dr. Messina data dos anos sessenta do século passado, quando tive o prazer de aqui lecionar História em companhia dos saudosos professores Ophélia de Oliveira e Orestes Rosolia. Então frequentava ele esta casa como ex-aluno e amigo de todos, e iniciava eu uma carreira de educador, que não terminou, ainda, porque fiz um pacto com Deus: só aceitarei morrer em pleno exercício de meus compromissos para com a educação deste país! O Dante foi para mim também, enquanto aqui atuei, uma escola e um laboratório existencial, onde aprendi a lidar com jovens educandos, impulsionados por dois valores básicos da juventude, que se traduzem sempre pelo idealismo e o imediatismo, bem como vim a entender, na prática, como dosar os processos didáticos, que traduzem os fins da educação, com os interesses e a compreensão dos que aqui estavam para aprender a aprender.”

“Naquele tempo, o modelo de convívio desta casa era o de uma família, havendo uma admirável integração entre os vários estamentos do corpo social: alunos, pais de alunos, professores, dirigentes e funcionários. Lembro-me de ter sido procurado por alunos e alunas para longas conversas, onde abriam eles seus corações, em busca de orientações em assuntos pessoais, alguns deles difíceis de abordar até mesmo com os próprios pais.”

“Assim começou e se fortaleceu nossa amizade, meu caro Messina, que, hoje, nesta cerimônia, se vê coroada por uma conquista realmente engrandecedora: a dos louros acadêmicos, que nos iguala e nos orgulha.”

“A posse de novo membro titular assimila-se à garantia de sua continuidade histórica e explica a imortalidade, que, embora pertença antes de mais nada à instituição, se estende ao empossando, como agente, que passa a ser, da missão atribuída ao colegiado. Seja, pois, bem-vindo ao nosso convívio, ilustre dr. José de Oliveira Messina, dadas as virtudes de sua personalidade e a atuação educativa e cultural de qualidade, que sempre marcou suas atividades ao longo da vida.”

“Com isso, ganha o cenáculo mais um militante de escol, e lucra vossa excelência, que passa a compartilhar do simbolismo da imortalidade acadêmica. Essa imortalidade, no seu caso, é legítima e não se confunde com aquela, de que, com ironia, falava Olavo Bilac, segundo o qual o acadêmico só é imortal porque não tem onde cair morto!”

Discurso de José de Oliveira Messina

Além de referir-se à relação de sua família com a área da educação, dr. Messina abordou o trabalho de outros integrantes da Apedu, entre os quais seus antecessores na cadeira 4, Alberto Rovai (fundador) e Samuel Pfromm Netto, além do patrono João de Deus Cardoso de Mello e do professor Odilon Nogueira de Mattos, que lecionou no Dante e pertenceu à cadeira 38, atualmente ocupada pelo secretário Jair Militão da Silva. Das palavras de dr. Messina, merecem ênfase os trechos que seguem:

“Neste preâmbulo, não poderia deixar de me referir, também, ao momento em que recebi do professor Paulo Nathanael o convite para ocupar uma cadeira na Academia Paulista de Educação. Foi numa tarde do mês de setembro de 2013 que tive o prazer de recepcionar, na sala da Presidência, o digníssimo mestre, que, com sua infinita cortesia, portava revistas da Academia com a finalidade de destiná-las aos nossos professores.”

“Assim, em meio à agradável conversa que sempre mantemos, com a viva descrição dos fatos marcantes da vida de um e de outro – entre os quais destaco a parceria do Colégio com a Academia Paulista de Letras, da qual, aliás, foi ele o mentor, com o apoio do então presidente José Renato Nalini e da acadêmica Anna Maria Martins – foi assim, repito, que o prof. Paulo Nathanael, em voz suave e compassada, que decerto o caracteriza, anunciou que meu nome, por iniciativa sua, havia sido, em sessão da Academia Paulista de Educação, aprovado por unanimidade para integrá-la.”

Já na parte final do discurso, dr. Messina deu realce à necessidade de se priorizar a educação como direito de todos os cidadãos, mantendo-a sempre em bons níveis, independentemente das mudanças governamentais, e tratando-a, portanto, como política de Estado, e não como política de governo.

“A propósito, presidente Paulo Nathanael – por ocasião da reunião do Conselho Superior de Estudos Avançados (Consea) ocorrida na Fiesp no dia 17 de março deste ano, e coordenada pelo Instituto Roberto Simonsen – Vossa Excelência, na palestra que ali proferiu sobre o tema “Repensando o Brasil”, salientou que a educação não pode ficar sujeita à política temporária de um governo, devendo, antes, estar sempre subordinada a uma política de Estado, de modo a garantir a execução das prioridades definidas pela sociedade.”

“Infelizmente, justamente por haver se tornado objeto de tratativas político-partidárias, o Plano Nacional de Educação, que deveria estar em vigor para o decênio de 2011 a 2020, mantém-se ainda sob deliberação do Congresso Nacional.”

“Penso já não ser sem tempo fazer cumprir o artigo 6º da nossa Lei Maior, que relaciona a educação como um dos direitos fundamentais do cidadão brasileiro. E, nessa cruzada nacional em prol da educação, é indispensável, a meu ver, a valorização do professor. Sem o reconhecimento do valor dos nossos mestres, como poderá a Pátria garantir a educação aos próprios filhos?”

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