Dante recebe evento com homenagem a magistrado italiano que lutou contra a máfia

Publicado em 25 de maio de 2016 às 18:38
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O Colégio Dante Alighieri promoveu, em 23 de maio, um evento muito especial para celebrar a memória do magistrado italiano Giovanni Falcone, assassinado há exatos 24 anos pela máfia por seu empenho em combater a criminalidade. Nomeado “Per non dimenticare” (“Para não esquecer”), o encontro foi organizado pela Unione Siciliana Emigrati e Famiglie (USEF), com apoio do Istituto Italiano di Cultura e do Instituto Norberto Bobbio, e integrou a programação especial do ano da Itália na América Latina.

Além do cônsul-geral da Itália em São Paulo, dr. Michele Pala, responsável pela abertura do encontro, participaram do evento o presidente do Instituto Brasileiro Giovanni Falcone de Ciências Criminais, dr. Walter Fanganiello Mairovitch, o presidente do Instituto Norberto Bobbio, dr. Celso Azzi, o vice-presidente da Câmara de Comércio de São Paulo, dr. Giacomo Guarnera, a professora da Universidade São Paulo Paula Forgioni e o presidente da USEF Brasil, Antonio Alamia.

O cônsul-geral falou da importância do combate à criminalidade e da relevância de Giovanni Falcone nesse cenário – que se opôs, mais especificamente, à organização Cosa Nostra. “O sacrifício não foi em vão”, disse. Ele também ressaltou o fato de que, ainda que exista o hábito de se associar o grupo criminoso à comunidade siciliana, “o comportamento violento e arrogante deles era totalmente contrário ao clima de convivência da Sicília”. Em seguida, Antonio Alamia formulou, com a ajuda de uma tradutora, considerações sobre a importância de a luta de Giovanni e tantos outros magistrados não ser esquecida, agradecendo, ao final, a todos os envolvidos na realização do evento.

Walter Fanganiello, por sua vez, proferiu uma aula magna perfilando Giovanni e deu exemplos da “transnacionalidade” das organizações criminosas e do temor que esses grupos causam até hoje. Ele presenciou, por exemplo, uma reunião da cúpula da Organização das Nações Unidas em 2000 destinada à assinatura de um tratado para o endurecimento de leis contra corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de pessoas, realizada em Palermo, na Sicília. À época do encontro, a imprensa apontava que a máfia estava voltando a atuar na região, situação que tirou a tranquilidade dos participantes do evento.

Por fim, os demais convidados se juntaram a Walter para discorrer sobre a legislação italiana relativamente ao combate contra o fenômeno mafioso e contra o movimento antimáfia na Sicília. Na sequência, Celso Azzi procedeu à leitura de uma carta com referências a Norberto Bobbio e à sua influência nas ciências humanas. Devido ao grande interesse do público pelo debate, que se estendeu além do horário previsto, não foi possível realizar a última parte do evento, que seria a projeção do filme “A máfia só mata no verão”, produção italiana que mistura comédia e críticas sociais.

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