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O Colégio Dante Alighieri realizou, na tarde de 12 de fevereiro, a aula anual de abertura do programa Cientista Aprendiz, que desenvolve atividades extracurriculares de pré-iniciação científica. Na ocasião, alunos e professores se reuniram para a apresentação de todas as frentes de estudo que comporão o programa em 2015.
Neste ano, integrarão o Cientista Aprendiz atividades do AstroDante (estudos astronômicos), do Laboratório de Biotecnologia (que contará com nova sala de cultivo e assessoria), do Núcleo Interdisciplinar de Desenvolvimento (NIDe, que trabalha com programação e desenvolvimento) e do projeto A Caminho da Universidade – Módulo Internacional.
A diretora-geral pedagógica do Colégio, professora Silvana Leporace, enalteceu os alunos pelo interesse em trabalhar com a pré-iniciação científica. “Vocês dão muito orgulho para o Colégio, e parabenizo todos os que se empenham nos estudos, que estão sempre juntos e que se esforçam para obter respostas esclarecedoras e difundi-las em feiras internacionais”, disse.
Ainda no começo do encontro, a coordenadora-geral do Dante, professora Sandra Tonidandel, também responsável pelo programa Cientista Aprendiz, exibiu um vídeo sobre o jovem holandês Boyan Slat, que, aos 16 anos, se incomodou com a poluição na água, durante uma expedição de mergulho, e foi atrás de uma solução para esse problema. Foi então que começou a pesquisar e desenvolver uma tecnologia capaz de limpar os oceanos utilizando as próprias correntes naturais, em um projeto que começou a receber o apoio de centenas de cientistas.
Falando da obstinação e do enfrentamento de desafios de Boyan, a professora Sandra incentivou os alunos a buscar respostas para problemas que afligem a sociedade, independentemente dos empecilhos que possam vir a aparecer.
“Vocês têm muito em comum: os projetos com que estão trabalhando poderão mudar suas vidas, e, principalmente, a vida de muitas pessoas no mundo. Para chegar a isso, vocês, assim como Boyan, também ouvirão muitas recusas aos seus estudos, e a persistência de cada um é que fará toda a diferença nesses momentos”, afirmou.
Após a apresentação do programa, os dantianos conversaram com um visitante especial: o diretor de pesquisas do Hospital Sírio-Libanês, dr. Luiz Fernando Lima Reis. Pai de uma aluna do Dante, ele, que tem o hábito de vir ao Colégio durante as feiras de ciências, demonstrara grande interesse, em sua última visita, pelo trabalho de Giulia Maria Ramella, que segue desenvolvendo um estudo bastante premiado sobre a busca por novas respostas para o combate ao câncer. Esse é, aliás, um dos focos de pesquisa com que o dr. Luiz Fernando trabalha no hospital. (Mais informações sobre o trabalho de Giulia podem ser encontradas na quarta edição da revista InCiência, disponível aqui, na página 50)
No bate-papo com os alunos, o médico lembrou uma regra de ouro da pesquisa científica. “A regra não é dar certo, e sim errar. Há duas características que devem fazer parte do seu cotidiano como pesquisadores: a primeira é que vocês deverão aprender a ouvir críticas; a segunda é que vocês certamente vão se deparar com erros durante os estudos. É isso que fará vocês e seus trabalhos crescerem”, explicou.
As alunas Giulia Maria Ramella e Ana Carolina Paixão de Queiroz também foram convidadas a falar um pouco do cotidiano no Cientista Aprendiz. Ambas destacaram que a participação no programa invariavelmente proporcionará grandes mudanças na vida de cada um. “É um amor muito grande que temos pelos estudos e pelo programa. Nós crescemos como pessoas e vemos a vida de outra maneira”, explicou Giulia.
Ana concordou e complementou a comentário de Giulia. “Pode parecer que temos muito trabalho, e essa é a verdade mesmo. Mas vale a pena, pois estamos produzindo conhecimento. Não tenham medo de se atirar nisso. Os estudos vão dar errado às vezes, e vocês precisarão ser apaixonados pelo que fazem para não desistir”, disse.
Para encerrar o encontro, a professora Sandra Tonidandel exibiu uma reportagem do Canal Futura sobre Leonardo Bodo, ex-aluno do Dante que, durante a participação no Cientista Aprendiz, começou a buscar componentes para uso farmacêutico em teias de aranha. Agora no ensino superior, Leonardo segue com as pesquisas. O vídeo está disponível logo abaixo.
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