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Alunos da oficina Dante em Foco – também conhecidos por “focados” – conversaram, na tarde de 15 de abril, com o jornalista Bruno Ferrari, editor de Tecnologia e Economia da revista Época e criador do blog Experiências Digitais. Além de participar do bate-papo, Bruno foi entrevistado pela “focada” Bianca Barcellos no estúdio móvel da oficina.
No encontro, Bruno sanou diversas curiosidades dos focados a respeito de sua carreira, da profissão de jornalista e do trabalho desses profissionais nos últimos dias, levando em conta a grande atenção da imprensa dirigida ao Congresso Nacional, que então se preparava para votar pela abertura ou não do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele contou, por exemplo, que metade de sua equipe estava em Brasília trabalhando em pautas variadas. “Estamos em um momento tenso, e metade de minha equipe está em Brasília, a outra metade em São Paulo. Passamos por uma situação extrema, que espero não ver acontecer novamente”, disse.
Bruno também comentou sua reportagem “Rede social não é lugar para criança”, que também aborda a importância de jovens respeitarem a idade mínima para usarem essas ferramentas digitais (há plataformas cuja idade mínima é 16 anos, por exemplo). “Ainda que as redes possam lucrar pensando que quantos mais usuários tiver, melhor, elas não querem as crianças usando as ferramentas. Por quê? Porque reconhecem que não podem garantir a segurança desses usuários”, explicou.
O jornalista disse ter levado três meses para produzir a reportagem, que traz exemplos negativos a respeito da vulnerabilidade de crianças que utilizam essas ferramentas. Na verdade, a matéria também aborda o descuido de adultos que expõem seus filhos excessivamente.
Além disso, Bruno falou do futuro do jornalismo, tendo em vista, sobretudo, as plataformas utilizadas atualmente para divulgar informações. “Hoje em dia, a Época não é mais só uma revista, e sim um produto que se entrega em diversos meios”, disse, falando que a transformação é contínua. “Não sei quantos jornais existirão no formato de hoje na época em que vocês se formarem [no ensino superior].”
Sobre o papel do jornalista, ele explicou que, para seguirem na profissão, os “focados” precisam atender a alguns requisitos básicos, como o hábito de ler e de escrever, e o interesse pelo questionamento e pela prática de pesquisar para embasar o conhecimento. “O papel da imprensa é mostrar que há vários lados nas histórias. Na situação de hoje, por exemplo, há pessoas com diversas visões, como as que, ainda que sejam contra o impeachment, também estão contra o governo atual”, demonstrou.
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