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Alunos do Colégio Dante Alighieri foram apresentados, na tarde de 17 de março, à ambiciosa proposta da missão Garatéa-L, que pretende colocar, nos próximos anos, um experimento científico na órbita da Lua. Conduzida pelo grupo Zenith, a ideia é enviar, em um foguete internacional a ser lançado da Índia, ferramentas com substâncias biológicas para investigar a possibilidade de microrganismos sobreviverem em uma viagem longa – além do trajeto percorrido da Terra até a Lua, o material de pesquisa seguirá na órbita lunar por vários meses.
Entre os responsáveis pela execução do projeto é o engenheiro Lucas Fonseca, que trabalhou na Agência Espacial Europeia durante a missão Rosetta, uma das principais atividades espaciais executadas nos últimos anos. Voltando ao Brasil, Lucas decidiu desenvolver trabalhos científicos nessa área, atuando de várias maneiras. Com vistas a conciliar a promoção de atividades educacionais e o levantamento de fundos para o projeto, o grupo Zenith ofereceu consultoria científica ao Dante em pesquisas na estratosfera a serem conduzidas a aproximadamente 40 km de altitude, por meio do uso de um balão meteorológico.
A coordenadora-geral pedagógica do Dante, professora Sandra Tonidandel, falou aos alunos sobre a relevância do projeto. “É importante contarmos com ações inovadoras, que nos fazem acreditar que o país e nossos cientistas podem fazer a diferença na vida da humanidade. E também somos gratos pelo fato de vocês [do Zenith] acreditarem que nós temos alunos e professores que podem fazer a diferença”, disse.
A proposta feita ao Colégio é consequência do fato de os próprios alunos do Dante – mais especificamente, um grupo dedicado a estudos em Astronomia – terem entrado em contato com o grupo Zenith, em 2015, para obter informações sobre o uso desses aparatos. A oferta da equipe da missão Garatéa é ajudar os dantianos na construção, no lançamento e no resgate de um balão que levaria aqueles experimentos à estratosfera.
O grupo Zenith também é composto por alunos universitários, como Francesco Lena, estudante de Engenharia de Materiais e Manufatura na USP de São Carlos e um dos que participaram da palestra para demonstrar como o trabalho no campo das ciências independe da idade. Aos 19 anos, ele já lançou balões meteorológicos e, por conta disso, participou de um quadro do programa Custe o Que Custar, no qual foi desafiado a enviar um desses balões com dois itens artísticos anexados. O envio das obras tinha como fim “valorizá-las” mercadologicamente como resultado da viagem à estratosfera e, em seguida, levá-las a leilão como forma de arrecadar fundos para uma causa social.
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