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Pais, alunos, professores e convidados se reuniram, na noite de 14 de abril, para um debate sobre duas propostas inovadoras no Dante, ambas relacionadas aos estudos de ciências e tecnologia. Em um primeiro momento, representantes dos dois conteúdos programáticos introduziram o tema geral das propostas no auditório Miro Noschese. Findada a apresentação, os representantes de cada um dos programas foram para uma sala diferente para explicar as atividades, com mais detalhes, aos pais e alunos interessados.
A primeira delas consiste na realização de um intercâmbio científico juvenil durante a London International Youth Science Forum (LIYSF), realizada pela Imperial College of Science, Technology and Medicine, renomada instituição britânica fundada em 1907.
A segunda remete a um trabalho com a Operation Wallacea, organização científica que realiza pesquisas em diversos locais do mundo. No caso da incursão sugerida aos alunos do Dante, a proposta é de uma viagem cujo roteiro, repleto de atividades, inclui, na primeira semana, uma ida à região da floresta amazônica do Equador, em uma área habitada e conservada por indígenas Huaorani, e, na semana seguinte, uma visita às Ilhas Galápagos.
Como é a primeira vez em que se oferecem essas atividades na escola, a equipe pedagógica optou por priorizar os convites a alunos que participam dos programas científicos e tecnológicos do Dante, além de um pequeno número de convidados, uma vez que as vagas são limitadas. “O que aqui se apresenta é um novo olhar sobre novos tipos de trabalho. São oportunidades diferenciadas, com poucas vagas”, explicou a coordenadora-geral do Dante, professora Sandra Tonidandel.
Ozimar Pereira, coordenador da Rede POC, grupo que trabalha levando alunos a atividades e competições educacionais no Brasil e em outros países (POC significa “Programa de Olimpíadas de Conhecimento”), ressaltou que participar da LIYSF é uma oportunidade transformadora na vida dos alunos.
“O fórum é um evento muito especial, que prepara programações variadas para diversas carreiras. Independentemente da área de interesse do aluno, ele terá a oportunidade de assistir a palestras, realizar visitas e participar de workshops no decorrer dos dias. São aproximadamente dez conferências nas principais áreas de conhecimento”, disse.
A apresentação inicial sobre a Operation Wallacea esteve a cargo de Nayara Hachich, diretora do escritório brasileiro da organização. Ela explicou que o programa arrecada fundos por meio de atividades como a que agora se oferece aos alunos do Dante, recurso que é usado para garantir a continuidade de pesquisas atualmente conduzidas ao redor do mundo – há, por exemplo, uma pesquisa sendo realizada na Indonésia há mais de 15 anos graças a esse tipo de arrecadação. As principais frentes de pesquisa estão na erradicação da pobreza e na conservação da natureza.
Na primeira semana, os participantes do programa se dividirão em quatro grupos, que se revezarão em diversas atividades, como pesquisas em estruturas e habitats da floresta e estudos com peixes e a vida selvagem dos rios. Na segunda semana, os participantes irão a uma base na Ilha Floriana, onde farão cursos de mergulho e de ecologia. “Em ambos os casos, a ideia também é ajudar as comunidades locais a se manterem. Os indígenas, por exemplo, aprenderam a mostrar a biodiversidade para turistas, enquanto, na ilha, os habitantes abriram suas portas para receber os visitantes, facilitando uma imersão cultural”, acrescentou Nayara.
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