PROJETOS

CULTIVO DO ARROZ (Oryza sativa L.) IN VITRO SUBMETIDO À AÇÃO DE BIOFERTILIZANTE

Alunos(as): : Tiago Fares Menhem
Prof.(a) Orientador(a): Bianca Rocha Sales
Prof.(a) Coorientador(a): Nilce de Angelo

Ano: 2023

Premiações

Resumo

O avanço das mudanças climáticas em escala global é alarmante. Com o aumento de 1,15 ºC na temperatura média do planeta desde as eras pré-industriais, cenários catastróficos estão cada vez mais próximos de sua concretização por completo. Entre eles, a profunda ameaça à agricultura, principalmente familiar, se destaca como um grande inimigo para a soberania e segurança alimentar do Brasil e do mundo. Uma das culturas que pode sofrer sérios impactos é a de arroz, já que o estresse térmico causado durante o cultivo em altas temperaturas pode afetar diretamente a produtividade do campo. Esse fato pode contribuir para o aumento da insegurança alimentar, que vem crescendo desde 2015 no país e foi intensificada durante a pandemia da COVID-19. Nesse contexto, torna-se importante pensar em medidas de adaptação para manutenção do cultivo desse cereal, que é parte fundamental da alimentação brasileira, além de ser de extrema relevância socioeconômica no cenário nacional. Assim, o objetivo geral desta pesquisa é avaliar os efeitos do biofertilizante como potencial protetor contra o estresse térmico na germinação e desenvolvimento de sementes de arroz Nipponbare. Primeiramente, o biofertilizante foi enviado para caracterização físico-química. Foi realizado um ensaio prévio para avaliar a viabilidade das sementes de arroz in vitro sob as condições abióticas utilizadas nos experimentos seguintes. Com o objetivo de avaliar o efeito do biofertilizante, separou-se as sementes em três grupos, sendo eles: grupo controle, e experimentais A: diluição de biofertilizante em água 1:1, e B: biofertilizante não diluído (100%). Após 15 dias de cultivo, as alturas totais das plântulas e das maiores partículas foram medidas. Apesar do protocolo de antissepsia utilizado, houve altos índices de contaminação nos grupos experimentais, prejudicando a compreensão dos dados obtidos, que não levaram em consideração as medidas provenientes de tubos contaminados. Os dados indicaram maiores valores médios para o grupo controle (maior radícula: 7,33 cm; altura total: 11,08 cm) em comparação com os grupos experimentais A (maior radícula: 5,3 cm; altura total: 9,86 cm) e B (maior radícula: 6,29 cm; altura total: 9,47 cm), desconsiderando também as sementes não germinadas. Esse experimento será repetido para que seja possível elaborar conclusões mais assertivas, bem como realizar a análise estatística. A longo prazo, objetiva-se submeter as sementes ao estresse térmico para que seja possível avaliar o uso do biofertilizante como potencial bioprotetor.