PROJETOS

Menos luz, mais crescimento? Efeitos da ausência de luz nas raízes no cultivo in vitro de orquídeas da espécie Catasetum fimbriatum

Aluna: Regina Akyiama Amadeu
Prof. Orientador(es): Fernando C. de Domenico e Nilce de Angelo
Prof. Coorientador(a): Sandra M. Rudella Tonidandel

Ano: 2017

Premiações

Publicação na Revista IJHSR – International Journal of High School Research (EUA)

Descrição

Devido à beleza de suas flores, as orquídeas são muito apreciadas e comercializadas. Assim, o cultivo in vitro se torna uma excelente opção para uma rápida multiplicação, e para obter um grande número de plantas com alta qualidade genética e fitossanitária. Dentre os inúmeros fatores explorados para aumentar a eficiência e rapidez na produção dessas plantas está a adição de carvão ativado, que tem sido utilizado devido a sua influência na altura e no enraizamento de algumas espécies. O objetivo do trabalho foi buscar um modo de melhorar o desenvolvimento in vitro da Catasetum fimbriatum de uma forma mais simples, sem o uso do carvão ativado. Partindo do princípio que, enquanto a parte aérea da Catasetum fimbriatum cresce em direção à luz, a raiz se desenvolve na direção contrária; o efeito da privação de luz às raízes da orquídea poderia resultar em um desenvolvimento equivalente ao da planta cujo meio de cultura há carvão ativado, sendo o que ajuda no crescimento da orquídea não o carvão em si, mas o escuro que ele proporciona à planta. Foram utilizados como material de estudo espécimes de Catasetum fimbriatum. Após o processo de clonagem, foram estudados 60 indivíduos separados em três grupos, sendo o primeiro (controle) em meio de cultura convencional, o segundo com adição de carvão ativado e o terceiro com privação de luz nas raízes das orquídeas. Depois de 3 meses em sala de crescimento com temperatura e fotoperíodo controlados (22ºC±3; 12 horas e intensidade luminosa de 1300 lx), os espécimes foram retirados dos frascos e avaliados quanto ao comprimento da maior raiz, comprimento da maior folha, massa aérea e massa das raízes. Os resultados obtidos demonstraram variações significativas (p<0,05) quanto às medidas nos diferentes grupos, sendo que o de maior relevância (significância estatística) foi quanto ao comprimento da maior raiz, quando comparado o grupo 2 (carvão ativado) e 3 (privação de luz). Seria possível inferir que conforme os objetivos do produtor haveria uma melhor escolha do meio de cultura? Maiores estudos deverão ser realizados para esclarecer a influência nutricional do carvão ativado no cultivo in vitro da Catasetum fimbriatum.

Palavras-chave: Catasetum fimbriatum, carvão ativado, cultivo in vitro.