PROJETOS

Efeito da atividade física sobre o tráfego e degradação mitocondrial em um modelo de ratos da doença de Parkinson

Aluna: Carolina Eva Padilha
Profª. Orientador(a): Carolina Lavini Ramos
Profª Coorientador(a): Sandra M. Rudella Tonidandel

Ano: 2016

Premiações

Descrição

A doença de Parkinson é caracterizada por tremores e dificuldades de se movimentar. Ocorre quando os neurônios dopaminérgicos (que são responsáveis por enviar comandos neurais para os músculos) começam a se degenerar e levam a uma alteração nessas mensagens, resultando na perda de controle efetivo sobre os movimentos. Nas pessoas diagnosticadas com a doença de Parkinson, foi identificada uma disfunção na cadeia respiratória mitocondrial e uma significante atrofia da substância negra e locus coeruleus. Levando em consideração que a prática de atividade física está relacionada a uma boa saúde, o objetivo do estudo foi avaliar o efeito desta prática sobre a expressão de proteínas motoras e adaptadoras relacionadas ao tráfego e degradação mitocondrial na doença de Parkinson, tanto antes quanto depois da indução da doença. Acreditamos que a prática da atividade física durante o curso da doença pode alterar o tráfego e a degradação mitocondrial provocados pela doença. As proteínas envolvidas no tráfego e degradação mitocondrial analisadas foram a dineína, dinactina, sintafilina, cinesina-1, cinesina-5 e Tom-20. Os grupos de ratos idosos foram divididos em quatro grupos, cada um com cinco animais, que ou praticaram atividade física moderada ou foram mantidos sedentários; ou foram mantidos saudáveis ou tiveram a doença de Parkinson induzida por meio de rotenona. Separamos dois grupos onde houve o treino e o tratamento, um com a doença induzida durante o treinamento e um com o treinamento feito antes do tratamento com rotenona. Para analisar esse efeito, separamos as proteínas envolvidas nesse processo por meio do método de Western Blot, e as quantificamos, de maneira quantitativa e qualitativa, após a exposição à quimiluminescência e a filmes foto sensíveis. Dado que não houve alteração na quantidade de proteínas do tráfego e degradação em nenhum dos grupos, concluo que a atividade física não foi capaz de reduzir as alterações nos mecanismos de tráfego e degradação mitocondrial neste modelo da doença de Parkinson, portanto a hipótese foi refutada. Entretanto, um resultado chama muita atenção: a prática de atividade física causou uma redução nos níveis de proteína relacionada ao ancoramento das mitocôndrias semelhante à identificada com o desenvolvimento da doença.

Palavras-chave: Doença de Parkinson, atividade física, tráfego mitocondrial, degradação mitocondrial