PROJETOS
TPM: Tempo Para Mudanças II
Aluna: Ana Carolina Paixão de Queiroz
Profª. Orientador(a): Sandra M. R. Tonidandel.
Profª Coorientador(a): Rita Maria Saraiva de Barros.
Ano: 2014
Premiações
Menção honrosa na categoria Science na Genius Olympiad 2014 (Oswego, NY – USA)
Descrição
A ciclicidade hormonal feminina é, muitas vezes, abordada pela sociedade com visões
reducionistas, que buscam "masculinizar" a mulher, em vez de valorizar sua feminilidade.
Contudo, apesar de poder causar desconfortos como a Síndrome Pré-Menstrual (SPM),
a variação hormonal pode ser uma grande aliada da mulher, uma vez que esta influencia
diretamente em fatores sociais, emocionais e físicos. Com isso, a partir do reconhecimento
e reflexão dessa ciclicidade, torna-se mais fácil empoderar-se da feminilidade e estimar o
próprio corpo, o que leva a uma vida mais harmoniosa, tanto pessoal quanto profissionalmente
(BERENSTEIN, 2013).
Desse modo, o objetivo do meu trabalho é ajudar as jovens adolescentes a compreender e a
valorizar sua própria ciclicidade, assim como sua feminilidade, a partir do conhecimento e
reflexão da fisiologia e bioquímica de seus corpos, além de ajudá-las a superar os possíveis
desconfortos que acabam sendo consequências do próprio ciclo, como a Síndrome Pré-Menstrual;
de modo a elevar a sua qualidade de vida. Para isso, propus ações de intervenção como palestras
com ginecologista especializado, sessões de arteterapia semanais ao longo de dois meses e a
documentação do ciclo menstrual com a Tabela de Abraham e um Hormonograma, por meio de um
aplicativo desenvolvido para o projeto, para 30 meninas com entre 15 e 17 anos, sendo que estas
deveriam responder antes e depois da intervenção ao WHOQOL-bref, instrumento da OMS para avaliação
de qualidade de vida.
Os testes com este grupo estão em andamento, contudo, elaborei uma validação de metodologia,
que serviu para aprimoramento desta, e contou com cinco meninas. A palestra ministrada teve um
efeito positivo, de acordo com os relatos das jovens. Além disso, a arteterapia e a documentação
do ciclo foram ferramentas que ajudaram muito as meninas no processo de reflexão da feminilidade
e do autoconhecimento, assim como na redução de desconfortos. Até o momento, pude concluir que
neste grupo piloto, houve realmente o aumento do autoconhecimento, assim como a valorização do
próprio corpo e da ciclicidade hormonal, empoderando-as assim, de sua própria feminilidade.
|