PROJETOS

          O óxido nitroso (N2O) é um gás com potencial de efeito estufa 300 vezes maior que o gás carbônico (CO2), e é o gás que mais causa danos à camada de ozônio, sendo atualmente uma grande ameaça à sobrevivência no planeta. Sua maior fonte de emissão é a agricultura, pois o uso dos fertilizantes desequilibra o ciclo do nitrogênio, produzindo mais óxido nitroso do que seu ciclo normal. Este trabalho é continuação do trabalho iniciado em 2012 e consiste em diminuir a emissão de óxido nitroso para a atmosfera de maneira a minimizar o problema do aquecimento global. Para tanto pretendemos acrescentar bactérias que produzem a enzima redutase do óxido nitroso (Bradyhrizobium japonicum e Rizobium sp.) aos fertilizantes usados comumente na agricultura. Dessa forma, as bactérias entrarão no ciclo do nitrogênio através de sua inoculação na terra, e, pela transformação do óxido nitroso, deverão reduzir as emissões desse gás para atmosfera, possibilitando um cultivo agrícola mais sustentável. A Embrapa nos fornecerá as bactérias selecionadas. Após pesquisa e estudo de diferentes cultivos selecionamos Zea mays (milho) a ser usada no procedimento de teste. O milho foi escolhido por ser simbiótico e ao mesmo tempo não realizar simbiose com as bactérias selecionadas, dessa forma espera-se que a população das bactérias escolhidas seja de 10 a 100 vezes maior que em outras culturas não simbiótica facilitando a evidência nas medições de redução do óxido nitroso. Para o procedimento, a área cedida pelo colégio terá dois grupos, um controle e um experimental. Para as medidas da concentração do óxido nitroso nas amostras usaremos análise em cromatografia gasosa com detectores de ECD. O fluxo de óxido nitroso em ambientes naturais é menor que 4 ngm-2 s-1 N2O, e em ambientes cultiváveis ultrapassa este valor. Desse modo esperamos obter como resultado nas culturas com o fertilizante nitrogenado um fluxo maior que os 4 ngm-2 s-1,e nas com fertilizante nitrogenado e bactérias um fluxo menor ou próximo de 4 ngm-2 s-1.