PROJETOS

Busca de novos alvos terapêuticos no combate ao câncer: modulação do FASL por Prostaglandina E2 em linfócitos – FASE I

Aluna: Giulia Maria Ramella
Profª. Orientador(a): Carolina Lavini Ramos
Profª. Coordenador(a): Sandra Maria Rudella Tonidandel

Ano: 2013

Premiações

4º lugar em Ciências Biológicas na MOP 2013

Descrição

          Atualmente o câncer configura-se como um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo devido, não somente à sua magnitude epidemiológica, mas também a complicações sociais e econômicas. Estima-se que o câncer seja a segunda maior causa de óbitos na população brasileira, representando 15,5% do total de mortes. Esta doença caracteriza-se por células que sofreram mutações no próprio DNA e por esse motivo passam a se comportar diferentemente das células normais, proliferando-se descontroladamente e em alguns casos, invadindo outros tecidos, tornando-se dessa forma malignas. Estudos mostraram que essas células produzem prostaglandina E2(PGE2), uma molécula relacionada a inúmeros processos no nosso organismo, dentre eles, processos inflamatórios e modulação da resposta imune. A PGE2 é capaz de inibir a indução de FASL nos linfócitos TCD4, diminuindo, portanto, o processo de apoptose nessas células. Células Natural Killer (NK) e linfócitos TCD8 (LTCD8), que fazem parte da imunidade inata e adaptativa, respectivamente, são os principais agentes do sistema imune na luta contra células tumorais. Foi demonstrado que a PGE2 liberada pelas células tumorais interfere na função efetora das células NK, favorecendo a sobrevivência do tumor. Partindo-se do pressuposto que um dos mecanismos pelo qual as células NK e LTCD8 são capazes de lisar outras células é o contato direto do FASL ao FAS (receptor), o presente trabalho visa verificar se a PGE2 é capaz de modular a produção do FASL em células NK e TCD8. Assim, pretende-se cultivar células YT (de linhagem NK) e linfócitos TCD8 e após a indução com PGE2 verificar, por meio de qPCR em tempo real, se esta molécula foi capaz de modular a produção de FASL na superfície das respectivas células. Previamente ao tratamento, passamos por uma fase de caracterização celular, na qual constatamos que as células YT, objeto deste trabalho apresentam os receptores EP2 e EP4 para PGE2, viabilizando a etapa seguinte da metodologia.