PROJETOS

Modificação da capacidade tronco das células mesenquimais humanas: a relação entre a positividade da Beta-Catenina com a proliferação e especialização celular

Alunas: Isabella Bedin Pinheiro e Laura Rudella Tonidandel
Profª. Orientadora: Carolina Lavini Ramos
Profª Coorientadora: Sandra Maria Rudella Tonidandel

Ano: 2012

Premiações

1º lugar na área de Biologia Celular e Molecular e Microbiologia.

Credenciamento para participar da MILSET Expo-Sciences International 2013 – Feira em Abu Dhabi – Emirados Árabes de 13 a 19 de Setembro.

Descrição

         As células-tronco, de alto interesse para a qualidade de vida de doentes crônicos, podem ser utilizadas em novas tecnologias que auxiliam na saúde mundial, levando-nos a investigar novas possibilidades de pesquisa básica. Em estudos e análises anteriores, verificamos que células tratadas em condições iguais se comportavam de maneiras diferentes in vitro. Observamos, então que o índice de massa corpórea (IMC) dos sujeitos de pesquisa (os doadores das células) do sexo feminino apresentava uma proporção inversa com a taxa de multiplicação celular in vitro. Para compreendermos melhor este fenômeno observado buscamos entender a possível relação entre o comportamento tronco das células mesenquimais e a presença da Beta-Catenina durante a proliferação e a especialização celular. A metodologia baseou-se no cultivo in vitro dessas células, provenientes de lipoaspirações durante 7 dias, e previamente marcadas com CFSE (do inglês, carboxyfluorescein diacetate succinimidyl) um marcador de proliferação celular. Verificamos, por citometria de fluxo, que a porcentagem de positividade de Beta-Catenina é alta nas AdMSC (quase 100%), prospectando uma característica específica de uma célula com alto potencial de autorrenovação e diferenciação. Logo, nos perguntamos se em uma mesma população celular haveria células com potenciais proliferativos distintos. Assim, verificamos que a quantidade de Beta-Catenina foi menor nas células com maior proliferação, comparada àquela presente nas células com menor potencial proliferativo, sugerindo que a quantidade dessa proteína é menor nas células que mais se proliferaram, pois essa já foi devidamente utilizada e degradada dentro da sua via de sinalização. Provavelmente, essas células com maior potencial proliferativo estão num estágio mais próximo da diferenciação celular, tornando-se cálulas já mais especializadas. Para os próximos testes estamos tentando verificar se a Beta-Catenina está relacionada com a manutenção da característica “tronco” de uma célula-tronco adulta, observando esta mesma relação com sua capacidade de diferenciação em adipócitos. O conhecimento profundo dos mecanismos celulares que determinam o destino das células é muito importante para a criação e inovação de terapias celulares, sugerindo melhores formas de manipulação dessas células in vitro, com o propósito de, futuramente, as aplicações clínicas sejam mais precisas, eficazes e com melhor aproveitamento do tratamento.