PROJETOS

Atraindo e repelindo o Aedes Aegypti : um estudo sobre a preferência de odores do mosquito da dengue

Alunos: Ian Banic e Ian Chaddond Caetano.
Profa. orientadora: Luciana Bastos Ferreira.
Profa. Co-orientadora: Sandra M. R. Tonidandel.
Ano: 2011.

Premiaçães

Trabalho contemplado com duas bolsas de Iniciação Científica Júnior, concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq.

Menção honrosa no Simpósio de Pesquisa do Instituto de Biociências da USP ocorrida em 15 de dezembro de 2011.

Descrição

A dengue é um grave problema sanitário em nosso país, atualmente, e é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti . É imperativo, portanto, que o mosquito seja eliminado. Para tanto, imaginamos que seja possível identificar odores de origem natural que atraem ou repelem o mosquito-da-dengue de modo a controlar sua propagação, e visando essa meta, utilizaremos um aparelho intitulado olfatômetro. Este aparelho possui um corpo quadrado feito de madeira com uma tampa de acrílico e quatro tubos de 20 mm feitos de PVC saindo dele. Em cada tubo ficam três potes de plástico. O primeiro serve para a captura dos mosquitos, o segundo para armazenar a fonte de odor e o terceiro para armazenar água para manter a umidade do ar. Na parte inferior está localizado um furo no qual será conectado um dispositivo de sucção do ar para que se mantenha um fluxo uniforme de ar dentro do corpo, impedindo que os odores se misturem. O furo também servirá como uma porta por onde depositaremos os mosquitos, que serão 50 por teste. Para os testes no labirinto, anestesiaremos os mosquitos com CO 2 (dióxido de carbono) para transferi-los.

Depois que os mosquitos forem depositados, o fluxo de ar começará, com cada odor vindo de um dos lados do olfatômetro (a experiência deverá levar cerca de meia hora): primeiramente, serão efetuados testes em que só um odor será disposto aos mosquitos, para avaliarmos se o odor tem algum efeito repelente ou atraente. Os mosquitos então voarão para a fonte do odor que lhes interessar ou se afastarão de tal fonte, caso o odor não seja interessante para os mosquitos. No final do experimento, será contado o número de mosquitos que ficou preso em cada armadilha, o que nos permitirá avaliar se o odor teve efeito sobre eles. Depois de concluirmos essa bateria de testes, colocaremos aqueles odores que tiveram efeito em testes comparativos, para especificar qual deles é o mais eficiente. Ao percebermos a eficácia de um odor, testaremos qual é o componente específico responsável por atrair ou repelir os mosquitos. Vamos isolar essa substância e com ela, produzir um composto. Testaremos esse composto e, se comprovada sua eficácia esperada, teremos descoberto um repelente ou um atrativo, ambos de grande valia no combate ao Aedes aegypti .