PROJETOS

F A C - Fotobiorreator para absorção de carbono

Autor: Victor Marelli Thut.
Profa. Orientadora: Luciana Bastos Ferreira.
Profa. Co-orientadora: Sandra M. R. Tonidandel.
Colaboração: Dra. Célia L. Sant´Anna, Instituto de Botânica, São Paulo, SP, Brasil.
Colaboração: Departamento de Tecnologia Educacional, Colégio Dante Alighieri, São Paulo, SP, Brasil.
Ano: 2009.

Premiações

FEBRACE 2010
- Prêmio Semente Científica do Departamento de Botânica IB da USP
- 3o. lugar em Ciências Biológicas

INTEL-ISEF 2010
- 3º lugar - Fotobioreactor para Absorção de CO2

Descrição

Nos últimos anos, as mudanças climáticas antropogênicas vêm se intensificando, devido a um aumento nos gases de efeito estufa (GEEs), responsáveis pela retenção de calor na atmosfera. Os impactos das mudanças climáticas nas espécies e nos ecossistemas podem ter profundas consequencias na conservação da biodiversidade. Já que possuem elevadas taxas de crescimento e fotossíntese, e portanto são capazes de fixar carbono em taxas superiores às obtidas pela maior parte das plantas terrestres, os microrganismos fotossintetizantes constituem um interessante objeto de estudo para o sequestro de carbono. A partir desta análise elaborou-se o presente trabalho, que tem como objetivo geral testar a hipótese de que microrganismos unicelulares fotossintetizantes, se cultivados nas condições corretas, são capazes de sequestrar quantidades significativas de carbono por meio da fotossíntese, podendo contribuir, dessa forma, para a atenuação do aquecimento global. Para isso construímos as seguintes questões a serem respondidas pela investigação científica: I, testar o crescimento in vitro de diferentes espécies de microalgas dos filos , Chlorophyta e Bacillariophyta, de água doce; II, estimar o sequestro de carbono in vitro para cada uma dessas espécies; III, avaliar qual delas seria a mais adequada para o uso em um fotobiorreator comercial; IV, construir um protótipo de fotobiorreator para absorção de carbono com a(s) espécie(s) de microalga(s) selecionada(s) que funcione de forma quase que totalmente autônoma. Os testes serão realizados durante a fase de crescimento estacionário dos microrganismos, em triplicatas. Nessa fase as amostras serão secas em liofilizador para o cálculo da biomassa seca (BS) e depois, serão queimadas em uma mufla e pesadas novamente (BM). A estimativa para o sequestro de carbono será a diferença entre BS e BM. Esses dados serão submetidos a análises estatísticas de variância unifatoriais para verificar possíveis diferenças entre as cepas. Após a seleção da(s) espécie(s), terá inicio a construção do FAC, fotobiorreator para absorção de carbono. O FAC tem como função cultivar as microalgas de forma controlada para garantir seu desenvolvimento sadio, de forma autônoma, isto é, fazendo com que o usuário interfira o mínimo possível no funcionamento da máquina (não mas que uma vez a cada trinta dias). Durante o seu funcionamento, o equipamento estará indiretamente ligado a um website, o que possibilitará que todos os processos e cálculos sejam efetuados por um programa disponível online. Este website, além de funcionar como uma calculadora de CO2 e uma ferramenta de suporte ao equipamento será um meio importante para a divulgação do trabalho como um todo.

Fotos