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Uma atividade idealizada pela professora Jacqueline Lara Justo de Pinho, do Departamento de Língua Portuguesa do Colégio Dante Alighieri, proporcionou aos alunos da 1ª série do Ensino Médio o contato com uma forma de narrativa pouco comum na atualidade: a radionovela.
Aproveitando a recente inauguração da Rádio Dante, a professora Jacqueline procurou uma abordagem diferente para trabalhar com os alunos o livro “Teatro a vapor”, que reúne várias peças de Artur de Azevedo.
Professora de seis salas da 1ª série, Jacqueline formou três grupos por classe. Cada equipe deveria transformar [fazer a adaptação do texto] duas peças do livro em radionovelas de, aproximadamente, três minutos. Assim, contabilizaram-se 36 radionovelas no projeto.
Inicialmente, a professora Jacqueline utilizou o método de flipped classroom: ou seja, antes de realizarem as atividades, os alunos assistiram, em casa, a um vídeo produzido por Barbara Endo, do Departamento de Tecnologia Educacional, que mostrava como a novela é apresentada no rádio, focando principalmente elementos de sonoplastia e de entonação de voz. Em seguida, tiveram dois dias de ensaios em sala de aula.
“Nesse projeto, os alunos trabalharam diversos gêneros de texto. Primeiro, fizeram a transposição do teatro para a novela. Depois, transformaram a novela em radionovela, situação em que tiveram que explorar os efeitos sonoros. Por exemplo, a maioria das falas do narrador no texto de teatro foi suprida na radionovela por meio desses efeitos sonoros. Ou seja, no projeto, foram explorados os mecanismos de alterações textuais e sonoplastia, com toda sua importância para criar a composição necessária para obter o ‘clima’ das falas em cada cena da radionovela”, explicou a professora Jacqueline. “É importante destacar que todos os alunos participaram da gravação. Os que não tinham fala fizeram a sonoplastia”, completou.
A aluna Ana Clara Oliveira Silva, da 1ª série D do Ensino Médio, que já havia encenado uma radionovela pelo VocalDante (coral de alunos do Colégio) nos eventos de comemoração do centenário da Escola, em 2011, ficou feliz de repetir a experiência.
“É difícil transformar o roteiro da peça de teatro em radionovela porque você tem que trabalhar bem a sonoplastia e encontrar um jeito de o narrador ter poucas falas para não ficar algo monótono para quem ouve. Mas achei muito legal. É uma forma mais dinâmica e diferente de trabalhar o livro”, disse Ana Clara.
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